sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Pensamento do dia


Realidade: A felicidade existe...
Problema: Apenas a sentimos momentâneamente!
Nunca somos completamente felizes pois queremos sempre mais...para nos sentirmos completos.
A grande verdade... é que a felicidade passa pelo encontro de nós mesmos.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Dilúvius

Junto os pés descalços
Sobre a estrada de calçada
Observo a núbia falésia
Que se aproxima calvagando
Sobre jardins floridos
Até ao encanto da madrugada

Procuro o conforto solitário
Junto da realidade incerta
Que me consome sem piedade
Rasgando a imaginação secreta
Da abstracta noite de máscaras
Com o princípe e a seta

Sob o olhar do pequeno luar
Companheiro insaciável
Presentemente instável
Perdura a pureza do olhar
O secretismo estrelar
A paixão incontornável

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Deixa-me


Deixa-me sorrir
Deixa-me libertar
Deixa-me agarrar
A esperança de mudar

No jardim da consciência
No mundo das bonecas
Procuro respostas
Para o conflito interior
Para o medo irreflectido
Do sabor do desespero
Que trago comigo

Deixa-me sorrir
Deixa-me libertar
Deixa-me agarrar
A esperança de alcançar

Passeio junto ao mar
No seu odor a maresia e calor
Procuro respostas
Para as histórias sem fim
Para as lágrimas salgadas
Nas batalhas travadas
Junto a ti

Deixa-me sorrir
Deixa-me libertar
Deixa-me agarrar
A esperança de procurar

Caí a noite sobre mim
Quero que me ouças
Lá do alto do frenesim
Onde os pensamentos se unem
As vidas se cruzam
Enquanto espero por ti

Deixa-me sorrir
Para a dor não me magoar
Deixa-me libertar
As correntes imaginárias
Deixa-me agarrar
A esperança de mudar
Porque sou eu
A peça por terminar

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

A Escultura

Passeio sobre os muros dourados
Procurando novos esconderijos
Novos recantos para o desespero
Verdadeiro e momentâneo

Deixo um rasto de vazio
Procurando formas para me encontrar
Lembranças de leão
Assimétricas sem razão

Escorrego no labirinto psicológico
Procurando novas portas
Novas formas de pensamento
Para a liberdade da revelação

Tropeço sobre o destino
Procurando a certeza
Sobre a sobrevivência
Em prol do contorno da sabedoria

Levanto-me sem pressas
Procurando o caminho certeiro
Da vida para a alegria
Em que a lágrima não é a folia

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

A Pintura

Olho para ti
Não te vejo
Teus olhos cor de luz
Hoje foram derrubados
Pelos épicos encontros
Entre o presente e o passado

Olho para ti
Não te encontro
Desapareceste sob a alçada do cansaço
Preso na torre do pensamento
Onde a escravidão da sociedade
Se tornou mais um fardo

Olho para ti
Não te reconheço
Perante a aúrea acabada
Outrora vincada na presença do ser
Onde existe o vazio
Sem voltade ou pavio

Olho para ti
Não mais existes
O brilho evaporou
Na tua expressão realista
O fim consegue-se sentir
Quando...apenas...olho para ti

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Aquela janela


Olho, espreguiçando, pela irreal e elaborada janela do quarto nu. O arco-íris reina como pano de fundo do dia que acabou de acordar. Cores nítidas, precisas, elegantemente desenhadas sobre o fino risco transparente da divisão das propriedades presentes como um quadro pintado a aguarelas de uma criança perfeccionista. As nuvens deixam escapar pequenos vestígios de tristeza momentânea. O sol, em toda a sua forma exuberante, lança leves sorrisos quentes de alegria e prazer. Dirijo-me até à clara banheira de robustez antiga, com o seu ar pós-moderno, sob o fundo cor de pêssego e salmão aos pés do quarto, com vista priveligiada para o exterior. Rodo, para o lado esquerdo, a torneira em forma de estrela dourada com uma lágrima vermelha no epicentro. A água desliza suavemente sob as criações impressionantes da mancha de fumo, acobreando com leveza e cremosidade o rasto deixado pelo gel de banho apaziguante que leva a imaginação além fronteiras com o seu cheiro zen a natureza, flores do campo, liberdade, alma restaurada, eternidade fugaz do momento. Pétalas de malmequeres amarelas e laranja esvoaçam ao longo da onda de calor até sucumbirem suavemente na camada visível da água tão eloquentemente cremosa. Acendo velas perfumadas de variadas cores que ajudam a criar o cenário de idealização momentânea. Jogo o usado e vistoso roupão de banho rosa no chão sob o manto creme sujo de pelo iriçado. O corpo nú estremece ao sentir o calor escaldante da água a verter sob a camada visível de pele sensível e suave. Deito-me. Fecho os olhos e deixo que o elixir do relaxamento comece a tomar efeito sob corpo, mente e alma transferindo as vibrações necessárias para o fortalecimento dos pensamentos, acções e palavras. Durante longos e ausentes segundos o meu mundo interior foi invadido pela leveza do ser e da existência perante a mãe natureza. Retorno ao agora.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Tarde Cinzenta

Numa tarde cinzenta
Clara como as nuvens
Surgiu um pequeno luar
Tão forte como intenso
Brilhante, alucinante e vadio
Pequeno e brilhante
Assim se definiu
Escreveu com palavras mágicas
O pequeno rio
Doce e salgado
Azedo e frio
Assim se sentiu
Cantou e alucinou
Tornou-se num só
Misturando aventura e paixão
Sobre a neblina da compaixão

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Amor Dói

Todos sabemos que o amor dói
Mas nunca damos ouvidos
È tão intenso
Compenetante
Doloroso e insaciável
Devora-nos
Ilusiona-nos
Todos o sentimos
Somos abençoados momentaneamente
Mais cedo ou mais tarde
Dói
Arde
Perdura
Até nós deixarmos
Custa
Não podemos dizer que não
Mas temos nós a última palavra