quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Meu amor

Meu amor,
Sei que estes meses não tem sido fáceis para os dois mas a realidade é que talvez tenha sido mais difícil para mim… tal como dizias…. Estavas habituado a sobreviver e não a viver… e eu gosto tanto de viver!

Sim… sou eu a egoísta no meio disto tudo… mas tu também o és quando não entendes que também tens de fazer um esforço por mim, para fazer algo que eu releve. A realidade?? Contigo sinto que estou a ver a vida a passar ao lado… sinto que o que me inspirava, que me dava energia, que me fazia feliz… acabou e eu já não faço parte dessa bolha… Sei que talvez para ti não faça muito sentido mas a realidade é que aquilo que é a minha essência está a desvanecer devido às escolhas que tomei, devido ao facto de te ter colocado acima de mim (escolhas essas que fui eu que tomei e não te culpo por isso, culpo-me a mim por ser fraca e deixar sempre tudo nas mãos dos outros), devido ao facto de ter achado que o amor e uma cabana chegava para ser feliz… Sinceramente? Descobri, se calhar não da melhor forma e não muito cedo, que afinal eu não dou para esse estilo de estar na vida. Eu preciso de mais para me sentir completa, feliz, extasiada, inspirada, cativada, apaixonada…. Preciso de muito mais e tal como temos estado a vivenciar, tu não o consegues alcançar nem entender e por isso e por mais que te ame do fundo do coração não acho certo, nem correcto para comigo e para contigo continuar a manter esta nossa relação… que já nos trouxe muitos e muitos dissabores…. Porque no final o que realmente interessa é se somos felizes! Eu não o tenho sido e tu sabe-lo! Apesar de tu dizeres que tens sido também sei que sabes que não tens sido e que esta jornada em conjunto tem sido boa mas muito difícil.

Não que o difícil não seja bom, que o é e nós crescemos, mas a realidade é que esta nossa caminhada apenas tem sido positiva num aspecto…. Pelo facto de nos amar-mos tanto temos suportado tudo o que tem acontecido! Mas eu amor?? EU não consigo dar mais de mim neste momento porque eu perdi-me! E contigo a meu lado não me consigo encontrar porque a realidade é que não possuis a bagagem necessária para entrar no meu Mundo… que sei que é complexo, que é meu, que é demasiado às vezes fantasiado, mas é o Meu Mundo e tu não entendes, compreendes, nem queres saber! E eu preciso de voltar a reencontrar-me enquanto Sara e pessoa humana que sou porque tu conseguiste retirar para fora tudo de pior que existe em mim e eu perdi as forças para tentar tomar as rédeas.

Não estou a dizer que és tu o culpado mas talvez a tua missão neste momento da minha vida foi tornar-me numa pessoa mais consciencializada…. E foste tu que o conseguiste mas também conseguiste misturado com o meu inconsciente e consciente tornar-me em alguém que não conheço e que não anseio conhecer e fechar a sete chaves, percebes? Por mais que te ame não consigo neste momento dar-te o que necessitas porque perdi-me de mim própria e enquanto não me encontrar não te consigo dar mais nada a não ser o que tens experienciado.

Sinto-me presa e encurralada, como se alguém estivesse a viver a vida por mim e me tivesse aprisionado num castelo na torre mais alta para não voltar a sair… mas eu quero e preciso de me libertar percebes? E eu não o vou conseguir tendo-te do meu lado porque neste momento eu preciso apenas de mim e só de mim…. E apenas depende de mim conseguir sair e correr e enquanto eu estiver nesta jornada não consigo ter força nem capacidade para te carregar comigo. È egoísta?? È… eu sei! Mas eu preciso de mim agora mais do que nunca e preciso de redireccionar todas as minhas forças para mim e exclusivamente para mim porque afinal de contas o que quero e sempre desejo e desejarei é… ser feliz!

Escrevo

Escrevo enquanto houver perguntas sem resposta. Escrevo enquanto houver respostas com interrogações. Escrevo enquanto houver interrogações acompanhadas de exclamações. Escrevo enquanto houver exclamações aos trambolhões. Escrevo enquanto houver trambolhões casados com as negações. Escrevo enquanto houver negações cansadas das acusações. Escrevo enquanto houver acusações dignas de serem escritas. Escrevo enquanto houver escritas sentidas e vívidas. Escrevo enquanto houver vívidas ameaças à evolução do ser. Escrevo enquanto houver ser parecer sem transparecer os medos dos demais. Escrevo enquanto houver demais solto mas dentro viciados em mais. Escrevo enquanto houver mais subtraído ao feriado preso no corpo. Escrevo enquanto houver corpo enérgico mas inerte de ilusão. Escrevo enquanto houver ilusão a navegar pelos prados nas montanhas do pensamento. Escrevo enquanto houver pensamentos que transbordam emoção. Escrevo enquanto houver emoção com ou sem direcção. Escrevo enquanto houver direcção a seguir parar escolher mudar as vezes que achar que devo amar. Escrevo enquanto houver espaço para amar chorar espernear apaixonar vezes sem conta e conta sem vez. Escrevo enquanto houver vez de me fazer à vida de noite ou de dia. Escrevo enquanto houver dia em que pense em ti. Escrevo enquanto houver a quem chamar ti sem explicação ou com explicação sem entoação. Escrevo enquanto houver entoação das palavras e da música para tocar e enaltecer o coração. Escrevo enquanto houver coração a quem chamar a atenção. Escrevo enquanto houver atenção a quem dedicar um poema ou canção. Escrevo enquanto houver canção simbolizante da vida e do prazer de sonhar. Escrevo enquanto houver sonhos a concretizar realizar idealizar. Escrevo enquanto houver sonhos a partilhar. Escrevo enquanto houver partilha de alma. Escrevo enquanto ainda tiver alma e me doer. Escrevo enquanto houver dor e agasalho como a noite fria debaixo do carvalho. Escrevo enquanto houver carvalho a quem jurar namorar. Escrevo enquanto houver namoro sem retorno. Escrevo enquanto houver retorno das horas passadiças e tardias na ponte da lua. Escrevo enquanto houver lua a nascer de desejos enamorados momentos de pecado. Escrevo enquanto houver pecado a ser contado escrito lido falado sem olhar pro lado. Escrevo enquanto houver lado para onde me virar seja parede sol ou mar. Escrevo enquanto houver mar onde me refugiar ler sentir escrever por prazer. Escrevo enquanto houver prazer em escrever e escrever. Escrevo enquanto houver prazer no que estou a fazer. Escrevo enquanto houver prazer apenas pelo prazer. Escrevo enquanto houver perguntas que possuem respostas.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Uma tarde na praia do Castelo

Existirá algo melhor do que estar numa praia quase vazia, deitada na areia a ouvir um house e a ver o mar? Existirá alguma melhor forma de relaxamento que esta? Neste preciso momento creio que não! Nada conseguiria igualar a paz que encontro neste local onde tudo combina e a áurea me aquece. Nada conseguiria acompanhar este momento ímpar. Nada substituiria esta tarde bem acompanhada comigo mesma. Nada excepto se estivesse apaixonada e a pessoa estivesse a desfrutar desta tarde tanto como eu. Mas mesmo assim, pesando bem ambas as equações, como se de uma última jogada de xadrez se esteja a planear, nem mesmo acompanhada e de coração assolapado, batia esta tarde. Não sei porque me sinto completa, cheia e vazia, quente e fria, acordada e a sonhar por ver este imenso mar com a areia a acalmar. Sinto que não preciso de correr, voar ou nadar, apenas caminhar e passear nesta tarde de verão, ao sabor da música que me acolhe sem razão.

E foi precisamente a acabar de escrever estas palavras que começa ADELE com Someone like you e tudo se completa. Conhecer alguém que me deslumbre e me apaixone aos poucos é o que eu quero mas para isso eu tenho de primeiro conseguir livrar-me dos fantasmas do passado e de tudo o que eles acarretam e sei que é precisamente isso que estou a fazer para quando conhecer alguém que me arrebata em todos os sentidos e eu ser apenas dele e das memórias futuras e não me fazer acompanhar de sentimentos aos quais não lhe pertencem. Sei e acredito que ainda terei o meu conto de fadas, a minha história de amor que irá para sempre arrebatar a minha vida. Sei que sim… e quando a tiver… serei apenas eu, a Sara, uma miúda mulher que espera da vida algo mais do que ela sonha e que o seu propósito no mundo, a sua grande pegada na humanidade será grande.

Sara olha para ti de dentro para fora e não de fora para dentro. Continua o caminho que encontras-te para seres TU e segue-O! Lembra-te: vê sempre a vida com um enorme SORRISO, porque ele é e será sempre eterno!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Signo: Caranguejo

"O carácter de um nativo deste signo é o menos claro de todos os signos do zodíaco. Um Caranguejo  pode ser de tímido e aborrecido a brilhante e famoso. Os cancerianos são conservadores e adoram a segurança e o calor do lar. A casa de um nativo deste signo tende a ser o seu refúgio pessoal mais do que uma vitrine para deslumbrar aos demais. Um canceriano entende que há momentos para ser sociável e outros momentos para ser solitário. Isto é uma das contradições em seu carácter. De fora parecem decididos, resistentes, teimosos, tenazes, energéticos, sábios e intuitivos. Não obstante, os que o conhecem desde a intimidade podem ver um tipo de pessoa totalmente diferente alguém sensível, sobretudo com as pessoas de quem gosta. Os Caranguejos sabem identificar-se com a situação dos outros por sua grande capacidade imaginativa. Às vezes são fantasiosos demais e pretendem construir a vida segundo um ideal romântico. Gostam de arte, música e literatura, sobretudo de artes dramáticas e de acção. Os nativos deste signo possuem um talento literário ou artístico considerável. O seu caminho pessoal consiste em reconciliar o seu conflito interno. Por um lado, encanta-lhes ser extrovertidos. Por outro, têm tendência a retrair-se. Quando conseguem conciliar ambos os lados são capazes de inspirar toda uma geração, sobretudo os jovens, com as suas ideias. O canceriano tem uma memória excelente, sobretudo para acontecimentos pessoais e recordações da infância, que são capazes de lembrar com o máximo detalhe. Os Caranguejos vivem condicionados pelas suas recordações do passado e por a sua imaginação sobre o futuro. O signo de Caranguejo tem muitos defeitos potenciais. Podem ter uma tendência à desordem, um complexo de inferioridade. Sentem-se aludidos com frequência, e muitas vezes por causas imaginadas, sem fundamento real, e adoram receber afagos. São ambiciosos. Podem mudar sem dificuldade de profissão, de lealdade e inclusive de opinião sobre as pessoas. Tímidos e misteriosos, os nativos deste signo são muito ligados a tradições. É o signo do sonho, da ternura, imaginação e da memória tenaz que fixa e idealiza as recordações, acontecimentos e sentimentos do passado para se proteger contra as incertezas do futuro. Sedutor e sensual. O amor de Caranguejo tem sempre algo de contos de fadas, com a sua princesa, o seu príncipe encantado, mas também com uma maldição a combater e monstros ameaçadores. É o amor puro das crianças, o amor maternal, o amor romântico, mergulhado num sonho ideal e inacessível ou definitivamente parado num rosto ou em um nome. O humor do Caranguejo é extremamente mutável e em ocasiões tende a ser rabugento e agressivo, uma vez que a sua necessidade de auto-defesa (às vezes antes mesmo de ser atacado) é uma de suas características fundamentais. Oscila entre o júbilo e a depressão. Podem ser muito fechados. Costumam ser muito capacitados intelectualmente e extremamente ligados às artes e à poesia. Embora o nativo deste signo seja protector e saiba esperar, é um erro acreditar que o Caranguejo seja um indivíduo passivo. Ele pode ser bastante agressivo para conseguir o que quer, mas com frequência prefere nada exigir, esperando que os outros compreendam as suas necessidades, sensibilidade e disposições diversas. Um forte laço de empatia com outra pessoa é muito mais importante para um Caranguejo do que a razão ou a lógica. Como ocorre com o jovem adulto, a amizade profunda e emocional é da maior importância para ele bem como a consequente necessidade de confiar e compartilhar. De facto este nativo acha difícil trabalhar com pessoas com quem não nutre laços pessoais de compreensão mútua. O Caranguejo é muitas vezes uma pessoa incomum, consciente do que o separa dos outros. Seu talento para a expressão não verbal se reflecte na forma como arruma a casa, com destaque especial para a cozinha e o quarto. Actividades como comer, dormir, expressar-se sexualmente e compartilhar afecto ou simpatia devem ser privadas, regulares e satisfatórias de modo a oferecer a quantidade incomum de apoio psicológico tão necessário ao nativo deste signo. Sem isso, o Caranguejo torna-se nervoso e irritado. Uma noite silenciosa a sós com os amigos pode ser uma experiência deliciosa para os nascidos sob este signo. No entanto, muitos Caranguejos possuem aspectos estranhos à sua personalidade que precisam ser periodicamente revelados em público. De modo geral, a apreciação não é tão importante para este nativo como a expressão e a liberdade. Naturalmente o Caranguejo é persuasivo na esfera privada, onde melhor desempenha suas qualidades mágicas especiais."

Palavras para quê? :)

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Encontro Singular

Numa tarde sem igual
A inocência quebrada de forma desigual
Abandona a metáfora ficcional
E espalha o conto tradicional
Na paisagem perdida de tempos
Nos recantos do ser incompletos
Em que nada mais a oferecer
Do que aquilo que se pode ver 

Bebe mais um trago da essência de vida
Rouba mais um beijo do navio desprevenido
Aceita mais um carinho do corpo despido
Recebe mais um convite da inexistente dúvida
Aqui e agora
Ao sabor da maresia
Nos meus braços
As mentiras
Pequenas histórias vividas
Dos olhares nas entrelinhas
E de mãos dadas a passear
À beira-mar
Tu e eu
O encontro singular

Numa noite em especial
A construção de uma estrela confidencial
Juntos na varanda presidencial
Revivendo a bolha relacional
A procura da razão existencial
Para o rumo tomar
E a felicidade visitar
Um e outra vez sem requisitar

Brinda uma vez à ingénua loucura emocional
Foge uma vez da irresistível ternura perdida
Devolve uma vez a timidez na despedida
Oferece uma vez tua alma incondicional
Hoje e amanhã
Acto por ti protegido
No teu corpo
O abrigo
De memórias sentidas e vividas
No pensamento as entrelinhas
Para acreditar a confiar
À beira-mar
Tu e eu
O encontro singular

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Amiga Clandestina

Sou só amiga clandestina
Apenas uma menina
Pequena bailarina
Dançarina no tempo
Que o destino importunou
Violino de vida
Que sonho assassinou
Presença perdida
Sentida 
Procurada
Numa noite sem fim
Lembranças enfim
Quando penso em ti

Quero-te por perto mas fujo
Quero-te no meu abrigo mas empurro-te
Carinhos desfazem-se
Para me esquecer que me lembro de ti
Uma e outra vez nas noites sem fim
Em que me procuro e te encontro
No maestro desassossego do recontro

Sou só amiga clandestina
Apenas feminina
Pequena felina
Libertina do tempo
Que o figurino representou
Inquilino da vida
Que sonho patrocinou
Descrença pretendida
Pedida
Despedida
Numa noite confim
Vingança enfim
Quando passo sem ti

Quero-te por perto mas fujo
Quero-te no meu abrigo mas empurro-te
Carinhos desfazem-se
Para me esquecer que me lembro de ti
Uma e outra vez nas noites sem fim
Em que me procuro e te encontro
No maestro desassossego do recontro

Somos só amigos clandestinos
Porque o mundo é dos pequeninos