quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Encontro Singular

Numa tarde sem igual
A inocência quebrada de forma desigual
Abandona a metáfora ficcional
E espalha o conto tradicional
Na paisagem perdida de tempos
Nos recantos do ser incompletos
Em que nada mais a oferecer
Do que aquilo que se pode ver 

Bebe mais um trago da essência de vida
Rouba mais um beijo do navio desprevenido
Aceita mais um carinho do corpo despido
Recebe mais um convite da inexistente dúvida
Aqui e agora
Ao sabor da maresia
Nos meus braços
As mentiras
Pequenas histórias vividas
Dos olhares nas entrelinhas
E de mãos dadas a passear
À beira-mar
Tu e eu
O encontro singular

Numa noite em especial
A construção de uma estrela confidencial
Juntos na varanda presidencial
Revivendo a bolha relacional
A procura da razão existencial
Para o rumo tomar
E a felicidade visitar
Um e outra vez sem requisitar

Brinda uma vez à ingénua loucura emocional
Foge uma vez da irresistível ternura perdida
Devolve uma vez a timidez na despedida
Oferece uma vez tua alma incondicional
Hoje e amanhã
Acto por ti protegido
No teu corpo
O abrigo
De memórias sentidas e vividas
No pensamento as entrelinhas
Para acreditar a confiar
À beira-mar
Tu e eu
O encontro singular

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