segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Amar

Encontro-te a caminho e escondo-me com jeito
Atrás do pilar que me envolve o peito
Eu sei que fujo mas vou continuar
Meu amor, pra sempre amar

Olho pra ti… revejo-nos figura intensa nua e crua
Encontros perdidos no tempo e prazer
Nada parecia mudar a nossa rua de lua
Nascemos, perdemos porque amámos a correr  

Olha pra mim, encontra-te nos recantos do meu ser
O meu amor por ti vai além do que posso escrever 
Sim eu sei… é difícil entender
Mas… vem nos meus braços adormecer

Hoje é o dia em que te tenho por perto
Só existes tu e eu neste mundo deserto
Não quero ouvir, falar, sonhar
Meu amor, como é bom amar

Percorres o mundo e floresces no meu campo
Vagueias pelas encostas e viajas como relâmpago
Não sabes onde estás mas encontras a paz
Eu sei meu amor… não olhes pra trás

Olha pra mim, encontra-me nos recantos do teu ser
O meu amor por ti vai além do que posso descrever 
Sim eu sei… é difícil perceber
Mas… deixa-me nos teus braços amanhecer

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Procuro-te

Procuro-te entre as horas passadas do dia mas não te encontro. Sinto-te perto mas longe de alcance. O que tens? É colocado constantemente nos pensamentos. Nada consegue responder.

Capítulo

“Tens de fechar esse capítulo da tua vida!” foi o que ouvi enquanto as lágrimas se soltavam para o rosto. De olhos inchados e voz a soluçar ouço as palavras proferidas de forma sábia e realista.

“Esquece! Tens de te libertar!” foi o rombo da bateria.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

COMER. ORAR. AMAR.

Acabo hoje de ler “COMER. ORAR. AMAR.” De Elizabeth Gilbert. Um livro que será para reler sempre que assim o entender pois tem tudo haver comigo, com a jornada em que me encontro. Elizabeth, a certa altura no livro, diz que existe sempre uma palavra que nos descreve tal como somos. Ponho-me a pensar qual será a minha. Uma certa noite a Carmen definiu-me como “ela é mesmo assim… espontânea! Adoro isso nela.” Durante algum tempo, enquanto lia o livro, dei comigo a relembrar essa palavra vezes sem conta. Será a palavra espontaneidade que melhor me define? Penso que por enquanto sim… enquanto não encontrar melhor definição… se bem que talvez saiba que essa palavra já me definiu e encaixou melhor. Sei que agora talvez não seja 100% a melhor definição mas enquanto não encontrar melhor esta terá de servir uma vez que a realidade é que a espontaneidade e emoção sempre foram os meus lemas. Por agora ainda serve… daqui a uns meses não sei… só sei que estou numa caminhada interior não sabendo qual será o fim nem querendo neste momento realmente saber… se bem que o fim geral será: “Parabéns Sara… finalmente conseguiste!”

Eu Interior

Deitada sobre a paz e sossego da tranquilidade relembro o que me disse a mim mesma no primeiro dia deste ano: “Este é um ano de mudança em ti! Conhece-te, aceita-te e ama-te tal como és e serás uma mulher feliz e apaixonada como nunca pensas-te que serias!”. Sim… este é o ano, a minha maior ambição enquanto mulher e ser humano, ser a minha própria salvadora sem precisar de alguém para me salvar… apenas eu! A minha luta está ainda apenas no início da sua viagem. Aminha força está apenas agora a construir-se. A minha individualidade espiritual está agora a iniciar a sua jornada por estes caminhos sinuosos de alta compreensão e entendimento de puro prazer intelectual. A minha viagem por este mundo de descobrimento e reconstrução do meu ser está agora a tomar forma e lentamente como um bebé que começa a descobrir-se… também eu me descubro! Também eu me entretenho comigo mesma sem precisar de alguém para o fazer porque finalmente descobri que me tenho a mim… primeiro e exclusivamente a mim! Creio que esta jornada está longe de terminar... sinto-me como num túnel sem ver o fim mas sinto-me bem e em paz como nunca ante me senti. Creio que estou confiante e serena mesmo nos meus maiores momentos de loucura insana por querer ter tudo resolvido sabendo que só de mim o depende. Estes momentos são de uma insanidade extremamente reconfortante e apaziguadora de reconhecimento interior. “Sei que consegues! Sei que és forte e persistente! Sei que te amas e que sabes quem és! Apenas tens de encontrar dentro de ti o caminho até vires ter comigo sempre que precisares e quiseres. Lembra-te… eu sei quem tu és e amo-te tal como és apesar de ainda não o reconheceres!”

O que queres?

O que queres? O que queres? O QUE QUERES? Não sei… EU NÃO SEI! Chora ela compulsivamente, desfazendo-se em água, conseguindo libertar-se de tudo o que a retém. O QUE QUERES? É a pergunta que todos os que passam na minha vida me fazem e mesmo assim continuo sem resposta. O QUE QUERES? Eu não sei! Eu simplesmente não sei! Não sei o porquê da angústia, o porquê da tristeza que vem e desaparece mas que teima em permanecer mais tempo do que queria, o porquê da melancolia profunda e saborosa mas demasiado rufia para o meu corpo, o porquê dos pontos de exclamação e do desaparecimento da vontade, o porquê das limitações e fraca coragem, o porquê de não olhar para mim e não me ver, o porquê de não saber ver quem sou.

O que queres? O que queres? Quero sentir e viver a VIDA!

Sei

Sei que tens
Um dia pra dar
Sei que tens
Um dia pra amar
Sei que tens
Mas tu dizes que não

Caminho
Desprendida da emoção
Ao som da canção
Onde me encontras
Na esquina da inspiração
Sustendo a respiração
Pra com um beijo
Me casares
E me amares
Sem qualquer razão

Nasce Vida

Percorre o prazer
Da idade sem porquês
Rejeitando
A capacidade
De amar
Sem vaidade

Tropeça
No regresso
No sonho virado
Do avesso
Onde o descobrimento
É mais do que
Um progresso

E nasce vida
Da orgia destemida
De uma sociedade
Sem absoluta qualidade

A Simbolização

Hoje falámos de ti
Senhor
Percorremos os teus passos
Sentimos a luz
Da tua presença
Da tua imensidão
Chorámos
E orámos
E como orámos
Senhor
A ti
Ao teu amor
À tua graça

Hoje ouvimos a tua palavra
Senhor
Lemos e escutámos
E esmiuçámos
Casa passagem
Da tua palavra
Do teu percurso
Em direcção
À salvação
E orámos
Senhor
A ti
Ao teu amor

Hoje caminhei mais um passo
Ao teu encontro
Senhor
Resisti
E senti desconforto
Oh… como foi difícil
Senhor
E continua a ser
Mas abri o meu coração
Deixei-te entrar
E inundar-me
Com a tua paixão
Com o teu amor

Hoje sentimos-te
Senhor
Simbolizámos a vida
A comunhão
A tua imensidão
E sofremos
Oh… como sofremos
Senhor
Mas libertámo-nos
Senhor
E orámos
E como orámos
Senhor

Só pra ti

Só pra ti
Canto estas notas bonitas
São só cantigas
Meu amor
São apenas cantigas

Só contigo
Entendo estas cantigas
Não são mentiras
Meu amor
São puras maravilhas

E eu?
O que sou sem ti
Minha flor
Apenas mais um homem
Sem amor
Apenas um vagabundo
Anestesiado d’dor

Só pra ti
Declamo estes poemas
Não são só medos
Meu amor
São puros encantamentos

Só contigo
Compreendo meus vícios
São só doces
Meu amor
São apenas pensamentos

Tu

Tu que me aconchegas na noite fria
Tu que me agasalhas pela manhã
Tu que me abraças como amanhã
Tu que me ajudas na travessia
Do restauro da alma perdida

Tu que me enches de calor
Tu que me preenches com ardor
Tu que me apareces à noite
E me violas sem favor
Que elaboras o convite
E respondes com apetite

Tu que marcas e resistes
Tu que acaricias e desistes
Tu que amas e existes
Tu que sonhas e assistes
Ao dia
Com limites

Tu que me deixas na cama fria
Tu que desapareces pela manhã
Tu que esqueces o amanhã
Tu que apagas a poesia
Do tesouro da alma despida

Tu que marcas e resistes
Tu que acaricias e desistes
Tu que amas e existes
Tu que sonhas e assistes
À vida
Sem limites