segunda-feira, 16 de junho de 2008

Chamamento!

Chamas-me de mansinho
Para na tua cama me deitar
Enroscada no teu colo
Quente e familiar
Que me abriga e me segura
Quando mais preciso
Perto do teu olhar

Chamas-me de mansinho
Para nos teus braços me aconchegar
As tuas mãos entrelaçam no meu cabelo
Pequenas doçuras de eternas ternuras
Que me acalmam e me preenchem a alma
Com o silêncio abrasador
Do som do teu respirar

Chamas-me de mansinho
Para ao ouvido me falares
Das estrofes construídas ao luar
Ao sabor das ondas do teu viver
Onde me encontras e me salvas
Da escuridão momentânea
Seguindo as pegadas da tua visão

O vento sopra!

O vento sopra em rebuliço
Assobiando a cada passagem
Anunciando a sua chegada
Num festim encorajador
Como se em cada canto
Uma voz ficasse plantada
Livre para encantar
Para ser ouvida
Por cada passageiro
No seu recanto

As flores do jardim rodopiam
Bem a jeito enlouquecido
Enraivecido pelas várias frentes
Atraiçoado pelas vertentes
Do sopro temporal
Lançando o caos
A consequência da força
Na revolta para a luta
Da sobrevivência
No seu pedaço de terra

O céu negro acinzentado aproxima-se
Cumprimentando o sol radiante
Ofuscando os loucos
Dos olhares partilhados
Da encosta contemplada
A imagem perdida no horizonte
De sombras pintadas
Precisando do feixe luminoso
Do vento que sopra
No quadro de cores de pastel

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Borboleta

Uma verdinha alface
Borboleta de uma face
Em que flôr poisas tu?

Por que ventos és soprada
Ou por que vontade és arrastada
Em que flôr poisas tu?

Na frescura da manhã
Já o sol ficou teu fã,
E uma janela se abriu,

No parapeito já não estava
Ainda o dia começava,
Para onde ela fugiu?

Bate as asas borboleta,
Cá te espero no meu quintal,

Tenho cores claras e escuras,
Mas não tenho as tuas ternuras,
Em que flôr poisas tu afinal?


P.S - Poema feito para mim pelo Ruben (outro poeta)!