segunda-feira, 16 de junho de 2008

O vento sopra!

O vento sopra em rebuliço
Assobiando a cada passagem
Anunciando a sua chegada
Num festim encorajador
Como se em cada canto
Uma voz ficasse plantada
Livre para encantar
Para ser ouvida
Por cada passageiro
No seu recanto

As flores do jardim rodopiam
Bem a jeito enlouquecido
Enraivecido pelas várias frentes
Atraiçoado pelas vertentes
Do sopro temporal
Lançando o caos
A consequência da força
Na revolta para a luta
Da sobrevivência
No seu pedaço de terra

O céu negro acinzentado aproxima-se
Cumprimentando o sol radiante
Ofuscando os loucos
Dos olhares partilhados
Da encosta contemplada
A imagem perdida no horizonte
De sombras pintadas
Precisando do feixe luminoso
Do vento que sopra
No quadro de cores de pastel

Sem comentários: