terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Partilha


Pergunto-me constantemente porquê…?
Porque continuas a existir em mim?
Mas o que vou fazer?
Deixar de estar apaixonada por ti?
Talvez um dia.
Hoje sei que ainda não consegui
Porque foste e sempre serás o meu primeiro grande amor
Por quem me apaixonei eternamente
Mas agora?
Estou feliz
Não contigo mas com ele
E sei que o amo
Que o quero do meu lado
Que anseio acordar todos os dias do seu lado
E adormecer no seu peito
Sei… porque o sinto
Porque o vazio não está cá
Porque vem de dentro uma força inabalável
Uma chama (im)possível de apagar
Porque o quero e permito
Porque me abraça todos os dias
E me sorri
Sorri com vontade
Sorri com emoção
Com o brilho no olhar
De quem sonha
De quem quer conquistar
De quem quer conhecer o meu mundo
E o aceita
Interessa-se por fazer parte dele
Não como um cachorrinho
Ou como domador
Mas como alguém que está lá
Que o sente e sabe
Que o verdadeiro é real
E o que interessa
É viver sem filmes
Viver o que se sente
Agora e hoje
Sem medo e receios
Apenas com o sorriso no rosto
E uma vontade enorme de fazer parte de algo
Maior do que nós
Com as nossas miseráveis desculpas
Que nada resulta
Que nada corre bem
Saber que é bom (re)lembrar
Que somos nós… tu e eu
Que fazemos o Mundo
Que fazemos a felicidade
Que tentamos fazer tudo juntos
E sermos transparentes
Agora e sempre
Por isso… o amo
Por saber que existem vários tipos de amor
E que nenhum é comparável
Que o passado é isso mesmo… passado
Aprendemos e crescemos
Com os erros e as vitórias
E que agora estamos disponíveis
Preparados para tudo o que nos diziam
E que agora faz sentido
Faz jus à preocupação
Mas calmamente a superamos
Fazendo a palavra ordem
Onde tudo é explicado e ouvido
Sem medos
Sem remorsos
Apenas a verdade

Vimos de dois contextos distintos?
Sim… e depois?
Porque isso tem de ser implicativo?
Continuamos a ser nós
Os mesmos do passado
Apenas com uma vontade diferente
De sermos quem somos
Com alguém que nos aceita
E nos apaixona a cada dia que passa
Que nos faz sonhar acordados
Com pequenos gestos
Com pequenas palavras
Com o (re)encontro dos olhares
Presos na linha do tempo
Em que o silêncio se sente
A expressão se ouve
Uma lágrima corre
E tu a apanhas
Por isso… te amo
Por sentir que estás comigo
Que não sou um fardo pesado que tens de carregar
Por saber que existes e que não és imaginação
Por me dares o que existe de melhor na vida
A constante partilha

(Por isso agradeço…
Todo sofrimento sentido contigo
Da alegria às guerrilhas do passado
Para agora ser (in)diferente)

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