domingo, 13 de fevereiro de 2011

Há que acreditar!


Sim...
Ainda continuo a sonhar
Que o amor irá chegar
Que a felicidade semeará
A paz no seu lugar

Sim...
Ainda acredito na cumplicidade
Do olhar
E do beijo escondido
Que depressa acenderá
O fogo enraivecido

Sim...
Ainda acredito na jura
Do compromisso
Do eterno e ambíguo
Silêncio dos perdidos
Que se encontram

Sim...
Ainda acredito no toque
Sem sentido
Ou apenas reconhecido
Entre dois corpos
Despidos

Sim...
Ainda acredito no momento
Revelado e encorajado
Entre os olhares perdidos
De dois apaixonados
Descobertos mas vestidos

Sim...
Ainda acredito no destino
De que à coisas com sentido
Desejado e apetecido
Presos
No abismo

Sim...
Ainda acredito no irreflectido
No acaso dos sentidos
Onde a partilha é consumida
Mesmo sem ser ouvida
Apenas saboreada

Sim...
Ainda acredito no desejo do momento
No apetite do silêncio
Onde o pensamento
Se torna uma imagem
Fotografada e recordada

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