sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Feliz em Mim

Adormeço. O toque singelo estremece o meu corpo tal como o toque sedoso de uma pétala a percorrer o mais ínfimo pormenor de prazer presenciado. Enclausurado na cela profunda da alma martirizada pela tortura da vida e acorrentada pelo sabor ácido do veneno injectado. Que não o partilhas. A palavra ecoa no espaço repleto de cores anestesiada pela áurea infantilizada de adolescência precoce. Desfribilhada ao anoitecer de parecer mútuo involuntário mas preciso que ganha vida mesmo sem a enternecer. Ao completar o ciclo da solene tranquilidade transportada pra almofada. Que o voluntarias. O olhar brilhante cúmplice da resposta e mafioso da pergunta que transporta a inocência da alma e eleva o céu ao patamar vertiginoso do algodão doce. Onde o carrossel espera pacientemente para que te sentes na chávena. Tal como cubo de açúcar transbordando o prazer da alegria. Que o rejubilas. O beijo que renasce como fénix das cinzas violado pelo prazer intenso das borboletas que sobrevoam o nirvana. Exaltação a gatinhar por entre as imensas senhoras memórias presentes. Sonhadoras e timidamente engradecidas pelo planar ensaboado a jasmim a brotar dos canteiros invisíveis. Que regas. O sonho adulto que protagonizas como presidente da congregação da emoção ordenando coordenação simplória ao lavrar as terras que caminhamos ao plantar. Enraizar expectativas plenas meninas envoltas em vida que atravessamos e nadamos até encontrar a razão do encontro destinatário. Que o escreves. A alma pura e liberta para se transformar e alimentar do verdadeiro e real sem descortinar o imaginário e mundano que nos abraça enquanto humanos pioneiros da razão do ser, ter e querer. História que conserva passado mas enaltece o presente e suspira com o futuro que nos pertence. Que o aplaudes. O amor prisioneiro em fuga que está agarrado completamente viciado e enlouquecido em tamanha alegria e esperança de viver em títulos e nomes dados por ti às coisas insignificantemente merecedoras de definição. O amor acorrentado mas teima constantemente em fugir largou o vício e encontrou coragem para se decidir. Que passo seguir. Acordo. Se tiver que doer que doa… mas desde que sejas feliz em mim.

“I won't go, I can't do it on my own, If this ain't love, then what is? I'm willing to take the risk” - ADELE

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