Estou no meio da multidão
Ensurdecedora e invisível
Percorro o meu caminho
Como sardinha enlatada
Por entre pastas e pisadelas
Sem olhar para trás.
Este é mais um dia
Apenas mais um que levo comigo
Que me perssegue ao longo das horas
Alimentando-se da folia momentânea
Consumindo o lixo insano
Despejado inúmeras vezes
Deixo que a onda me leve
Sem pressão nem direcção
Esmagando ilusões sem precedente
Destruindo os telhados por onde passa
Ficando apenas os pilares de sustento.
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