sexta-feira, 9 de maio de 2008

Me, Myself and I!

Fecho a porta subtilmente
Arranco abruptamente sem destino
Apenas uma imagem percorro
Recupero da penumbra consciente
Aquela imagem tirada sem pestanejar
Fotografada naquele instante peculiar
Com ênfase monumental permanente
Imortalizando cada pormenor
Insconscientemente sentido
Insconsientemente percepcionado
Naquele momento
Naquele instante
Naquela sensação
Vislumbrada
Sem pressa
Sem tréguas
Sem réstea
De exuberância

Entro de rompance na rotunda
Na mesma rotunda de sempre
No alcatrão desgastado pela vivência
Destinado a possuir buracos eternamente
Confiante, rodopio vezes sem fim
Ao encontro da melhor saída
Daquele arrepio repentino
Do frio gelado e instantâneo
Que me imobiliza sem precedência
Sem qualquer sentido figurativo
E me povoa com a sua astúcia
Com conhecimento de causa
Para a consequente e eminente queda
Minha
Tua
De existir um acidente em cadeia
Onde a vida se cruza sem motivo aparente
E o destino prazeiroso sorri

Olho para o relógio do tempo
Aquele pedaço infernal de cor vermelha
Concentrado no enchimento da ampulheta
Reunindo e comandando os actos mais puros
Vendando corporalmente cada grão
Cada movimento profanado
O último grão de areia caí
Gradualmente
Lentamente
Ao encontro daqueles que o querem
Perdurando para aqueles que o vêem
Que entendem que aqueles segundos
Ganhos ou perdidos serão lembrados
Agora
Amanhã
Sozinhos
Acompanhados
Sempre ao encontro: Me, myself and I

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