terça-feira, 13 de maio de 2008

Verde Puro

Os teus olhos atraiçoam-te
Desmentem cada palavra
Cada sílaba que libertas vocalmente
Que jogas fora como se não soubesses
Que nada do que despejas é verdade
Talvez não seja...
Não porque não o saiba
Mas porque tu não o sabes
Porque pegas em cada pedra
E escreves o teu parecer
Constróis cada degrau
Da escadaria da tua vida
Com o apoio dos abaixo
Na alçada do já conquistado
Das lutas anteriores
Daquilo que foi, é e será
O verde puro

O vermelho dentro do verde
Transparece as lágrimas internas
Derramadas a cada estratégia
Delineada na escuridão momentânea
Onde ideias
Imagens
Momentos
Te assombram cruelmente
Não te deixando sorrir livremente
Não porque não o queiras
Mas porque não consegues
O sentimento subjacente é poderoso
Com maior intensidade de loucura
E não te permites ser feliz
Totalmente não
Apenas brevemente
Onde a verdade é apenas instântanea

No nosso mundo das bonecas
Ès uma ilha em constante erupção
Verdadeira e pura tal como o verde
Contens a força
A magnitude
A soberania
A magia
O encanto de cada paisagem
De cada recanto selvagem
Que possues
Mas não vês
Não porque não queres
Apenas porque não te deixas
Esplanar em todo o teu brilho
O glamour refugiado
Tudo porque pensas demais
Te privas das coisas

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