terça-feira, 15 de abril de 2008

Saudade...è o que sinto


Olho para ti
Para os teus olhos de cachorrinho
Negros mistérios
Que um dia desvendei
Para os teus lábios quentes
Contemplação sem noção
Que um dia experimentei
Saudades do passado
È o que sinto
Dos momentos
Que só nós sabemos que existiu
Que só nós ultrapassámos
Onde notas musicais voaram
Cresceram
E numa pauta se encontram
Guardadas
Longe do tempo
Perto da lembrança
Fechada a sete chaves
E aberta quando menos se espera
Olho para ti
A tua aura incomoda-me
Dupla personalidade
Intenção compreendida
A tua alma me procura
A minha voo até ti
Intemporalmente perdida
Vejo que te encontrei cedo demais
Te perdi tarde
Um brilho exála
De mágoa
Dor
Carinho
Da magia de outrora
Desvanecida
Por duas crianças
Por duas almas
Que luto fizeram
Juntos e separados
Antes e agora
Olho para ti
Saudade
È o que sinto
Dos beijos
Do carinho
Do olhar
Do abraço
Do calor
Do sentimento
Saudade
Nada mais
Apenas a razão da palavra
A entoação do fado
A melodia dos violinos
O gosto do vinho
O tempo perdido nos teus braços
Sim...
Saudade
È o que sinto
Por saber que te amei
Que me amaste
Por saber que não vamos amar assim
Como duas crianças
Separadas pelo tempo
Pela mágoa
Pela agonia
Por saber que te perdi
Pela incompreensão
Pelo orgulho
Pela imaturidade
De dois seres racionais
Que juntos
Não conseguiram ultrapassar
As diferenças existentes
Sim...
Saudade
Apenas o que sinto

1 comentário:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.