quarta-feira, 16 de julho de 2008

Olho para ti

Uma sombra acompanha-me
Levanto a cabeça
Os teus olhos ressalvam
O negro sentido misterioso
Do sorriso vincado
Com a verdade momentânea

Olho para ti
Mas não te vejo
Não sei quem és
Tudo porque...
Não me vejo a mim

Uma lembrança repentina
Recordo o nosso passado
O cheiro a canela
Do incenso queimado
O odor dos corpos unidos
No banho aromatizado

Olho para ti
Mas não te vejo
Não sei quem és
Tudo porque...
Não me vejo a mim

Uma memória desgastada
A dor pesada da mágoa
Da tristeza de outrora
Plantada nos confins
Do baú da saudade
Do nosso castelo

Olho para ti
Mas não te vejo
Não sei quem és
Tudo porque...
Não me vejo a mim

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