sexta-feira, 18 de julho de 2008

Rosto do passado

Nasce mais um dia
Que me cumprimenta
No primeiro abrir de olhos
Cheio de cores brilhantes
Que me aquece a face
No primeiro arfar
Do momento constante

O sol radiante acompanha-me
Ao longo das cruzilhadas temporais
E das reviravoltas travadas
Nos confrontos assinalados
Do quotidiano precário
Devorado mágicamente
Como um livro de crianças

Olho para o rosto do passado
Para a imagem fotografada
Pintada de fresco naquele momento
De luar sob a luz estrelar
Em que a sombra pairava
Como se a alma transcende-se o seu lugar
Sem um suspiro soltar


Nasce mais uma noite
Sorrindo voluntariamente
Com todas as suas tropas luminosas
Fazendo brilhar o vigor secular
Das viagens territoriais
Perdidas nos recantos
Dos seus dois olhos

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